terça-feira, 17 de novembro de 2015

O que querem os idosos do século 21? Independência. Viver a longevidade que a saúde mental e física lhes proporciona.  De terceira ou quarta idade, não importa o rótulo social classificatório, as senhoras e senhores procuram cuidar de suas próprias vidas. E uma das medidas é ficar longe da rotina dos filhos. Porque, agora, chegou a hora dos pais saírem de casa.
E esse “desejo adolescente” já pode ser comprovado por pesquisas. Segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no início de 2014, mais de 3 milhões de brasileiros rebelados contra as normas sociais de dependência moram sozinhos.
Eles se mantiveram em suas casas após a saída dos filhos ou decidiram fazer as malas e tocar a própria vida. Apenas no Distrito Federal, são mais de 26 mil que não estão dispostos a abrir mão da liberdade em nome de uma vida “mais segura” ao lado de família.
No Brasil há muitas histórias de homens e mulheres, com até mais de 80 anos, que dão conta de suas atividades, sem recorrer aos filhos. Geralmente a rotina é dividida com uma funcionária que, além de companhia, faz os serviços de casa. Filhos, noras e netos? São visitas queridas recebidas com mimos e oferecem apoio em momentos inevitáveis de vulnerabilidade, o que ocorre em qualquer idade.
As senhoras e os senhores que investem em seus próprios espaços moram sozinhos mas não são solitários. Basta observar o aumento de atividades e viagens promovida, especialmente para quem já passou dos 60, 70 ou 80. Eles fazem muito. E, o melhor, a hora que querem, e como querem. Deixam de lado a tal da síndrome do “ninho vazio” e aproveitam a saída dos filhos para dar vivas à independência.

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